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INDICAÇÃO DE LEITURA: 3 livros que tratam sobre saúde mental

  • Foto do escritor: Cecilia do Nascimento
    Cecilia do Nascimento
  • 14 de set. de 2020
  • 5 min de leitura


Livros representam coisas diferentes para cada pessoa. Podem ser fonte de conhecimento, um refúgio, apenas um passatempo, mas o que não podemos negar é o fato da realidade representada no livro tocar muito nossa realidade fora dele.


Ao lermos, aquela história nunca permanece apenas dentro das páginas, mas viaja até a vida real e muda a forma que vemos o mundo.


Nos livros temos ensinamento, nos identificamos e reconhecemos, nos emocionamos e aprendemos coisas novas. Portanto, não seria diferente com essa temática. Como ainda estamos no Setembro Amarelo, trago nesse post a resenha de três livros que tratam sobre saúde mental de formas diferentes para se informar, se emocionar e tirar lições valiosas.


Se você ainda não sabe do que se trata o Setembro Amarelo, clique aqui para entender a importância da mobilização que acontece neste mês.


Bora pras resenhas?


“As vantagens de ser invisível”, de Stephen Chbosky


“Mais íntimas do que um diário, as cartas de Charlie são estranhas e únicas, hilárias e devastadoras. Não se sabe onde ele mora. Não se sabe para quem ele escreve. Tudo o que se conhece é o mundo que ele compartilha com o leitor. Estar encurralado entre o desejo de viver sua vida e fugir dela o coloca num novo caminho através de um território inexplorado. Um mundo de primeiros encontros amorosos, dramas familiares e novos amigos. Um mundo de sexo, drogas e rock’n’roll, quando o que todo mundo quer é aquela música certa que provoca o impulso perfeito para se sentir infinito.”


Me apaixonei por essa história desde a primeira vez que li esse livro e devo ter lido ele mais duas vezes desde então, além de ter assistido o filme um número de vezes ainda maior – sério, Logan Lerman como Charlie é simplesmente tudo pra mim.


Acho incrível a sensibilidade em primeiro lugar que o autor teve ao escrever este livro, a forma de mostrar a profundidade dos sentimentos do personagem principal, Charlie, sem parecer mecânico ou enfadonho. Somos levados a cada página a compreender seus pensamentos, sentir o que ele sente, nos identificar com muitas das situações com as quais ele tem que lidar e torcer para que ele – e nós mesmos – possamos aprender a lidar melhor com o tsunami de acontecimentos que nos cerca todos os dias.


Charlie é um garoto sensível, que se importa genuinamente com sua família e quer fazer amigos como qualquer outra pessoa. É humano, se perde em si mesmo e se encontra de novo, conta suas conversas com sua terapeuta, pede conselhos e demonstra seu desejo de seguir em frente, mesmo quando se sente entorpecido.


A saúde mental não somente do personagem principal como a de personagens secundários entra em cena várias vezes no decorrer da história, mostrando que tudo bem não estar bem às vezes, que podemos buscar ajuda e que haverá dias bons, mesmo após os ruins. Charlie relata sua busca por tentar participar e estar desperto para as coisas boas nas fases de sua vida e lidar melhor com mudanças.


Citação favorita: Não há nada como a respiração profunda depois de dar uma gargalhada. Nada no mundo se compara com à barriga dolorida pelas razões certas.


“Cartas de amor aos mortos”, de Ava Dellaira

“Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger... apesar de ela jamais entregá-las à professora. O que parecia uma simples lição de casa logo se transforma na maneira de Laurel lidar com seu primeiro ano em uma escola nova e com a família despedaçada depois da morte de sua irmã.”


Mais um da minha lista de livros favoritos. Desde às frases, as características dos personagens e músicas citadas no livro, tudo ficou marcado em mim desde a primeira vez que o li. Penso nele toda vez que escuto a música Lady in red.


Laurel perdeu sua irmã de uma forma brusca e tenta lidar com o luto, ao mesmo tempo que lida com mudanças transformadoras em sua vida, como mudança de escola, amadurecimento com a chegada do ensino médio, amigos novos e problemas com os pais. É visível que sua irmã May era vista por ela como um exemplo a ser seguido e Laurel tem dificuldades de seguir em frente agora que ela não está mais por perto. A história toda é muito emocionante, das cartas que Laurel escreve, seus passos tímidos em direção a seguir em frente até a forma como ela aprende que não existem pessoas perfeitas, todo mundo está passando por alguma dificuldade.


Algo que acho muito importante mencionar também é a forma como a escrita das cartas se torna um refúgio para Laurel e a ajuda a lidar com suas dificuldades, reforçando para nós a necessidade de colocar para fora – falar sobre o que dói, exteriorizar aquilo que está corroendo por dentro pelo bem de sua própria saúde mental. Deu até vontade de reler!


Citação favorita: Sabe por que se apaixonar é o que pode acontecer de mais profundo com uma pessoa? Porque quando estamos apaixonados, estamos totalmente em perigo e completamente salvos, os dois ao mesmo tempo.


“Por lugares incríveis”, de Jennifer Niven

“Quando Theodore Finch conhece Violet Markey em circunstâncias nada usuais, surge uma amizade única entre os dois. Cada um com seus próprios traumas e sofrimentos, eles se juntam para fazer um trabalho de geografia e acabam descobrindo muito mais do que os lugares incríveis no estado onde moram: a vontade de salvar um ao outro e continuar vivendo.”


Por último, mas não menos importante, temos essa história absolutamente linda – que se tornou um filme com o mesmo nome na Netflix! – de profundidade apaixonante. Apesar de ter gostado do filme, sempre fico com a sensação de que as histórias quando adaptadas para séries ou filmes, sempre deixam para trás detalhes importantes que dão vida à história nos livros.


A história mostra a forma como naturalmente temos a tendência de buscar uns nos outros forças para continuar e temos em nós sempre a vontade de despertar no outro essa vontade de continuar e sermos responsáveis por dar-lhes ânimo.


Violet e Finch têm seus próprios problemas pessoais e encontram um no outro um refúgio. Acredito que a história também reforça a necessidade de procurar ajuda profissional para quando sofremos com transtornos psicológicos apesar de receber apoio emocional de amigos e entes queridos, pois por mais que a gente ame alguém, não podemos salvá-los sozinhos.


É impossível não se apaixonar por Finch, sua inteligência e suas manias, sua força em manter-se acordado e seus métodos para se lembrar que está vivo.


Também trata de ter paciência e empatia com nossos amigos que estão passando por dificuldades e buscar compreender o comportamento de quem está precisando de ajuda. Não quero dar spoiler nenhum para te incentivar a ler depois, mas se você já assistiu o filme, acredite, você ainda tem muitos motivos para ler o livro também!


Citação favorita: Você é todas as cores em uma, em pleno brilho.


Gostaram das resenhas? Se interessaram pelos livros? Eu espero que sim! Comente se você acha que tem um livro que trata sobre esse assunto que eu deveria ler, talvez ele esteja aqui nas próximas resenhas!

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